terça-feira, 26 de abril de 2011

O silêncio de muitos diante o poder de poucos.

Narradores de Javé, um filme brasileiro cujo gênero é drama, dirigido por Eliane Caffé, conta a historia de um vilarejo do vale de Javé na qual a cidade vai ser inundada para formar uma represa. Para impedir tal fato, a única solução é provar que a cidade tem um valor histórico. Para isso, precisam colocar por em escrito os fatos que são contados de boca a boca, de pai para filho. Como a maioria da população é analfabeta, recorrem a Antônio Biá, ex-carteiro – banido da cidade pela população por ter fama de contar mentiras e inventar historias. Ele é convocado pelo povoado de Javé a pôr, na escrita, as histórias contadas há anos pelos moradores, sobre a fundação da cidade, os personagens grandiosos e cheios de virtude que habitavam suas lembranças. Nessa aventura Biá vai se aprofundando nas historias da vida atual e dos antepassados do povo de Javé.
Neste contexto, podemos perceber diversos temas abordados no filme, mas o de maior importância e o mais explicito na historia é o poder político e econômico, que não é nada novo para a sociedade. Desde séculos isso vem acontecendo, o homem sempre foi valorizado pelo capital e pelo poder político que possui. O povo de Javé sofreu muito com isso, porque não tinham estrutura e nem conhecimento suficiente para bater de frente com o governo que queria impor a represa na cidade. Eram “Os poderosos” política e economicamente contra a humilde população de Javé, a qual a maioria esmagadora era analfabeta. Ainda com base no filme, podemos concluir que existe um silêncio de muitos diante do poder poucos, não havendo justiça com o povo e suas historias do vale de Javé.


Bianca Abbehusen       
Juliana Cunha
Amanda Manso
Daniel
Alberto
Caio Ribeiro
Turma : B

RESENHA CRITICA DO FIME “NARRADORES DE JAVÉ”

O filme aborda diversos temas como, oposição entre memórias historia, verdades e invenções, com cada pessoa tentando impor sua ideologia para se beneficiar de alguma forma, a dimensão da escrita e da fala (oralidade), o confronto entre a chegada do progresso e o sumiço de tradições e de uma cultura de um vilarejo, que sofre com tentativa de salvar sua cultura que pode se perder fazendo com que esse vilarejo nunca tivesse existido.
  Os relatos dos moradores que não conseguem se entender entre si, para poder encontrar o verdadeiro passado do vilarejo e por isso encontram grandes dificuldades, pois as historia contadas não tem nenhuma comprovação de que sejam totalmente reais e exatas sobre a criação da cidade e como se deu a morte de seu fundador (Indalício), e a provável participação de Mariadina, que se torna perceptível depois do relato de uma moradora do vilarejo, descendente de Mariadina, que afirma que a grande idealizadora do vilarejo foi uma mulher, com esse relato causa uma grande duvida da
cultura desse povo.
  O filme “Os Narradores de Javé” busca documentar a historia da cidadezinha, afim de salva-la do anonimato diante do progresso assustador, que bate na porta de uma cidade destruindo, afogando uma região e o passado de um povo.
     Embora o filme conte que a historia da cidade não tenha sido escrita, por isso não poderá ser passada para outras pessoas, já que as historias faladas se modificam e perdem sua legitimidade. Coisa que não ocorre com a historia escrita, devido a ela já esta posta para sempre e poderá ser lida por diversas pessoas que não poderão a modificar. As pequenas cidades sem sua historia escrita, só restarão relatos caso essa cidade seja destruída para um eventual progresso de uma maioria, assim como ocorreu no filme, e durante uma provável tentativa de escreve essa historia as presas, será um trabalho muito complicado, já que cada pessoa que dirá sua versão tentara transmitir sua ideologia e nenhuma pessoa e igual ideologicamente igual.O que o filme mostra e a necessidade que um povo tem de ter sua historia e tradições escrita e bem guardada, pois será ela que os diferencia de outros povos e o manterá vivo para sempre, coisa que não e observada no filme.


ALLAN CARVALHO
CAIQUE E SILVA
KAUE SOUZA
RODRIGO MIRANDA
PEDRO VILLAS BÔAS
Turma : B


Narradores de Javé, reflexão sobre História

       Eliane Café consegue retratar no filme Narradores de Javé de forma cômica, irônica e verossímil, um tema contemporâneo, que é a importância da história, levando o espectador a fazer uma reflexão sobre diversos eventos do tema, como a História Oral X História Escrita, sua cientificidade, os excluídos da história, patrimônio cultural e histórico, diferentes olhares da história.
        No longa, o enredo principal traz a história fictícia do povoado de Javé, que corre o risco de ser inundado pela construção de uma hidrelétrica naquela região. E que a única saída encontrada por esse povoado seria de escrever sua história, para transformar o lugar em um patrimônio histórico e consequentemente impedindo a construção para a preservação do mesmo. Porém o único alfabetizado, capaz de escrever os relatos e a história daquele povo é Antônio Biá que foi expulso da cidade, justamente por inventar histórias e fofocas sobre os moradores, para movimentar o correio e manter seu emprego. Então ele é buscado a força, para cumprir sua missão de fazer o Livro da Salvação, assim chamado pelos moradores.
Logo no início do filme, na reunião da cidade, Zaqueu cita: “os homi disseram que só num inunda quando a cidade tem alguma coisa importante, historia grande, quando é coisa de tombamento e aí vira patrimônio”, essa passagem evidencia a relação entre a história e a preservação do patrimônio, no qual a história carrega a cultura, tradições, acontecimentos que tem que ser preservados para que não sejam esquecidos e/ou excluídos no processo histórico, assim como o Pelourinho que faz parte da História de Salvador e guarda com ele aspectos tradicionais de grande importância para história.
         No final da trama, quando Biá vai entregar o livro, mostra – o em branco e ele se explica dizendo que ninguém se importava com o Vale de Javé, tendo história, ou não, seria inundada de qualquer maneira, ao ver a cidade submersa e o povo fugindo com o pouco que sobrava resolver escrever a história da cidade a partir dali, do fato ocorrido. No geral pode – se perceber que a trama original de Narradores de Javé, consegue transmitir com maestria uma reflexão sobre a temática da história e dos seus sujeitos.


Thiago Lustosa 
Rodrigo Gomes
Edlayan Passos
Mateus Maia
Rafael Brito

Turma : B

Resenha Crítica

   É necessário registrar nossa história no papel, para que possamos lembrar e transmiti-la para as futuras gerações, preservando o nosso patrimônio. Porém, o simples uso da memória não é uma fonte confiável, podemos utilizar como exemplo o filme ”Narradores de Javé”, que conta a história de uma pequena cidade chamada Javé, que está em risco de ser inundada, porque  uma empresa decidiu construir uma represa no rio, fazendo com que a única escolha  da cidade fosse escrever um livro relatando sua história para comprovar que a cidade possui um valor histórico. Mas ninguém na cidade sabia escrever, só o antigo carteiro chamado Biá, que era odiado na cidade inteira por ter escrito cartas inventando fofocas sobre os cidadões e enviado pra todos que ele conhecia, só com o intuito de salvar o seu emprego. Ele tentou, sem sucesso, juntar as histórias que ele ouvia das pessoas, pois cada um a contava de uma maneira diferente, tornando impossível afirmar a veracidade da história, então o prazo se esgota e a cidade é alagada.
   A memória é um conjunto de conhecimentos sobre o passado que inclui as tradições do povo, seus costumes e etc. Mas tanto a história quanto a memória estão interligadas de tal forma que nunca poderemos saber onde uma se inicia e a outra termina, assim como também usamos a história para podermos compreender nossas memórias. Mas a história também é considerada sem a pretensão de citar os fatos como realmente aconteceram, sendo necessário a ajuda de uma fonte oral para construirmos uma fonte escrita. Mas ainda sendo considerado uma fonte não confiável, o relato oral foi utilizado como referência por diversos autores como, Bernardino de Sahagún, que para entender a história dos povos conquistados pelos espanhóis, fez uma entrevista com eles mesclando as suas memórias e Michelet, que perguntou aos franceses o que eles achavam da sua revolução. Então para escrever uma história que possa ser verdadeira, comprovada cientificamente, devemos nos basear nas fontes orais ou nas memórias, podendo até utilizar monumentos históricos, livros diversos, documentos dos nossos antepassados, objetos usados naquela época, provas geológicas do local que essa história ocorreu, entre outras coisas que fazem da história uma ferramenta essencial no processo de formação de qualquer sociedade.
Mateus Limoeiros
Marcelo Gomes
Mário Henrique
Mariana Bastos
Maria Antônia
Turma : B

Resenha Crítica: Narradores de Javé

   O filme Narradores de Javé, em primeiro lugar, conta uma história de gente guerreira, que não desistiu fácil de seus ideais. Se trata de um povoado fictício de nome Javé que será submerso por uma represa (usina hidrelétrica), e acabará com a cidade. Para que isso não aconteça, os moradores resolvem tombar a cidade como patrimônio histórico, só que precisam de histórias científicas, ou seja, verdadeiras (fatos do passado que sejam reais). Chamam Antônio Biá (carteiro), escrivão do “Livro da Salvação”, então ele começa a colher histórias contadas pelos moradores, só que há um problema: ele tem uma imaginação fértil, e quer “melhorar”, ou seja, acrescentar fatos sem que tenham acontecido às histórias originais, pois ele quer dar mais sentimento, paixão aos acontecimentos reais. Existe uma ideia muito presente entre fonte oral e fonte escrita no filme, algumas falas de Biá mostram a ligação dessas fontes, como por exemplo, quando ele vai recolher relatos do primeiro entrevistado Vicentino, ele fala que “Uma coisa é o fato acontecido, outra coisa é o fato escrito. O acontecido tem que ser melhorado no escrito para que o povo creia no escrito como o acontecido”. Então mostra que a relação presente entre essas fontes é que basicamente uma depende da outra para comprovar sua veracidade, mas não é correto modificar o fato escrito, pois é uma violação de autenticidade, como é que as pessoas vão acreditar num fato repleto de sensacionalismo?. Biá, no final do filme não consegue escrever o livro devido à confusão de histórias que se contradizem, enfim ele chega a conclusão que o livro não irá conter o futuro da cidade e escreve um livro sobre este acontecido.


Roberta, Ingrid e Victória Villela
Turma : B

Resenha critica: Narradores de Javé

Tópico: Relações entre preservação do patrimônio e historia.
      
O filme retrata o drama vivenciado pelos moradores do vilarejo de javé.Inicialmente esse drama se da a partir do projeto feito por engenheiros para a construção de uma usina hidroelétrica ,conseqüentemente, causaria a inundação deste local.Biá,o único alfabetizado de Javé,que tinha sido expulso por contar mentiras sobre o povo daquela região, foi o escolhido para relatar acontecimentos importantes  que pudessem fazer com que as pessoas reconhecessem o significado e a importância daquele povoado. Pois a fonte escrita era de grande relevância naquela época.  Sem essas memórias, o futuro desse povoado estaria em risco, em função da construção da usina. Caso ocorresse a construção da usina as lembranças,acontecimentos e toda a cultura de um povo poderia estar indo por água a baixo .
  Pode - se perceber que a historia nesse contexto  foi usada para preservar o patrimônio histórico de javé.Ao longo do filme percebemos que os moradores escreveram as memórias para não serem esquecidos como sociedade.Os moradores do povoado de javé precisaram recorrer a história ,para usá-la como instrumento para trazer de volta a importância de seu patrimônio.
Um patrimônio histórico sempre possui uma importância para sociedade, seja ela religiosa, cultural, histórica ou estética. Hoje em dia, aqui no Brasil há diversas leis de proteção e restauração desses patrimônios, leis que impedem a demolição de patrimônios ou ate reformas sem permissão, leis que buscam manter a historia dos monumentos e seus valores na sociedade.Temos aqui em Salvador muitos exemplos de construções que são tombadas como patrimônio histórico,uma delas é o famoso bairro do Pelourinho,que não pode sofrer nenhum tipo de alteração em sua faixada,conseqüentemente preservando-a.Essas construções são importantes,pois nos remetem a reconhecer a existência de outros povos.
O patrimônio histórico tem um sentido bem amplo, de acordo com o filme significa, conjunto de bens históricos que tem certa relevância para aquele povo.
A história foi usada para reconhecer a importância do povo de Javé, ou seja, trazer os povos excluídos de volta a história nacional . O que reflete diretamente na preservação do patrimônio, o qual era o principal objetivo do povo de Javé.



João Paulo Matos, Bruno Villas-Boas , Matheus Gomes e Lucas Gomes . 
Turma : B

Como medir a verdade?

O filme “Narradores de Javé”, dirigido por Eliane Caffé, trata sobre uma vila que está prestes a ser inundada por uma represa e para que isso não aconteça, é preciso ter sua história escrita em um documento cientifico e assim virar um patrimônio histórico. Porém, nenhum dos moradores sabe escrever e por isso, resolvem chamar Biá, que tinha sido expulso da cidade por criar confusões inventando histórias.
Biá resolve perguntar a vários moradores a história da cidade para unir as versões e construir um livro. O grande problema do filme se dá no momento em que todas as versões da história são ditas de forma pessoal, onde um morador quer se sobrepor ao outro.
No filme, a fonte escrita tem mais valor do que a oral, já que a cidade de Javé deixou de existir por toda a sua história estar apenas na fala dos moradores, com isso, podemos afirmar que infelizmente se uma cidade ou vila não possuir nenhum documento escrito ela não possui historia, logo ela não pode ser considerada um patrimônio de preservação.
Porém, não é possível saber sobre a veracidade das duas fontes, ou seja, elas devem ter a mesma relevância. Se isso acontecesse, provavelmente a cidade de Javé não teria sido inundada. A ideologia e manipulação estão presentes em ambas com a mesma densidade e tem que sempre de ser analisadas com o senso crítico.
Atualmente o Brasil está em uma situação parecida, onde a aldeia de Xingu está prestes a ser inundada para a construção de uma hidroelétrica. O que leva uma pergunta, o que aconteceria se eles tivessem sua história escrita?
Então, tanto a linguagem escrita como a oral tem de ser minuciosamente analisada e refletidas para se chegar a uma conclusão segura. Pois, como acreditar piamente em algo escrito ou dito se foi uma pessoa com suas convicções que o fez?



            Victória Correia
            Vanessa Teixeira
            Matheus Bittencourt
            Rodrigo Bastos
            Rafael Novóa
Turma : B

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Resenha crítica - Narradores de Javé

A obra de Eliane Caffé retrata sobre o povo do Vale de Javé, cujo a existência esta ameaçada por uma construção de uma represa , com isso o vale do Javé seria alagado. Para impedir isso é necessário provar  o seu valor histórico e então colocar os fatos de seu surgimento e de historias com teor cientifico, mas todos os habitantes daquele local sao analfabeto e precisaram recorrem  a Biá. Ele é um ex-carteiro que foi expulso da cidade por inventar historia sobre os habitantes do vilarejo, apenas para salvar seu próprio emprego. Ao longo da historia Biá vai conhecendo a fundo os fatos contados pelos moradores, mas as historias eram tao diferentes que ele tem dificuldade no papel e percebe que nada ira mudar, pois nao importa o que eles facam  vai mudar os futuros acontecimentos.
 Ao longo de seu enredo há uma forte relação entre fonte escrita e fonte oral, a partir do momento  em que Biá está  a procura dos fatos para construir a historia de sua cidade, essa relação vai ficando cada vez mais explicita no filme. Durante a narração  dos fatos a diferença  entre cada  historia é muito grande tanto que Biá fica muito confuso e nao sabe por onde começar a escrever o livro e como as fontes orais sao contadas por pessoas, de alguma maneira essas historias sao modificadas e praticamente nao tem comprovação cientifica. Já as fontes escritas sao fontes que tem mais chances de ter uma certa comprovação cientifica no que está escrito ali. No filme é cobrado dos moradores do Vale essa comprovação cientifica nos fatos históricos e por isso surge a ideia de ser feito o livro com as historias contadas pelo povo, mas o que eles nao estavam percebendo é que precisavam de provas para tornar o que falam é a verdade

INTERTEXTUALIDADE :
Sobradinho
Biquini Cavadão

O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente e põe represa e diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar

O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

Adeus Remanso, Casanova, Sento-Sé
Adeus pilão arcado, vem o rio te engolir
Debaixo d'água, lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai sumir
Vai Ter barragem no salto de sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar =>
Refrão
Remanso, Casanova, Sento-sé, pilão arcado, sobradinho,
adeus, adeus. (3x)


O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente e põe represa e diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

Adeus Remanso, Casanova, Sento-Sé
Adeus pilão arcado, vem o rio te engolir
Debaixo d'água, lá se vai a vida inteira

Alice Scheffler 
Juliana Araujo
Larissa Andrade
Natália Torres
Paula Duplat

TURMA : A

Resenha Crítica: “Narradores de Javé”

No filme “Narradores de Javé”, obra de Eliane Caffé, os moradores do povoado da cidade interiorana da Bahia, Javé, tentam através de narrativas tradicionais da região, salvar a localidade. A construção de uma nova hidrelétrica ameaça inundar essa terra. Entretanto, por iniciativa de Zaquel, personagem da trama, há uma hipótese de salvação para o povoado: apresentação da história dos moradores em um livro, um dossiê científico, que confirme que a cidade possui tradição e não seja alvo da inundação.
O responsável por escrever o livro, Antônio Biá, não o consegue fazer, pois cada morador conta uma versão diferente acerca da mesma história. Além de ter que analisar todas essas versões, Biá decide que a história escrita é diferente da contada e, se fosse registrar alguma delas não seria da maneira original.
O registro dos relatos do povo confirma que para ser considerada verdade e de alguma importância, as histórias não podem continuar somente na memória dos moradores e sendo contadas livremente. Porém o que acontece é uma alteração desses relatos, que comprova que não importa a verdadeira versão deles, mas para ser adaptado à escrita deve ser modificado para simplesmente torná-los mais interessantes. Fato que na visão de qualquer um invalidaria a veracidade dessas histórias.
Em “Narradores de Javé” é ressaltada uma grande diferença entre a fonte escrita e a fonte oral, como ocorre em um caso parecido com o filme “Peixe Grande e suas histórias maravilhosas”, só que dessa vez com as histórias que realmente aconteceram e as contadas.
No filme é destacada a importância dos documentos históricos e como a sociedade os vê, dando destaque para os recursos escritos, quando parte da cultura de um povo está nos fatos contados pelos mesmos,como ainda acontece em alguns povos, a exemplo dos indígenas.
Eliane Caffé nos remete a realidade do povo nordestino sem muitos esforços, povos em massa que foram desprovidos de sua cultura, nesse caso a população de Javé, além do olhar distorcido que muitos têm sobre esse povo.
Katharina Borges
-Maria Fernanda Campinho
-Mariana Pessoa
-Rebeca Meneses
-Tainá Costa
TURMA : A

Resenha Crítica - Narradores de Javé

Uma crítica à fonte oral e a importância da fonte escrita
(Direção Eliane Caffé, 2004, Brasil.)
    O filme Narradores de Javé, dirigido por Eliane Caffé, foi filmado em Gameleira da Lapa (BA). Esta obra retrata a vida dos sertanejos, enfatizando seus sofrimentos, preconceitos vividos e a desvalorização por parte da elite.
    Javé é um povoado que está a beira de ser inundado por causa da construção de uma hidrelétrica, que representa os avanços da sociedade branca, industrial. Os moradores de Javé,preocupados com suas residências, resolvem escrever um livro com o propósito de transformar o local em um patrimônio histórico e elevar sua importância.
    O único adulto alfabetizado, Antonio Biá (José Dumont), homem polêmico, fofoqueiro e intrometido, foi indicado por Zaqueu
(Nelson Xavier), um senhor sábio e consciente, para ser o responsável pela elaboração do “Livro da Salvação”.
      Nesse livro foram registradas histórias da cidade retiradas das memórias dos habitantes mais velhos. Quando as entrevistas se iniciaram, ficou claro a divergência entre os relatos de fonte oral, pois puderam ser facilmente manipuladas. ”Uma coisa é fato acontecido, outra é fato escrito”- disse Biá.
As pessoas queriam passar os relatos da população da linguagem oral para a escrita e assim garantir um documento sólido e cientifico. No entanto as histórias são contadas em versões diferentes, visto que aqueles que participaram da confecção do livro sempre queriam colocar seus ancestrais como heróis da época em que o povoado foi criado.
    
Gargalhadas espontâneas é o que o filme consegue provocar em seu telespectador. É impressionante como a obra diverte e ao mesmo tempo chama a atenção para problemas sociais como o analfabetismo, a falta de assistência do governo em locais isolados e esquecidos, a prevalência dos interesses da elite que se aproveita da ignorância e condições sociais dos moradores de javé e entre outros. O cinema brasileiro tem melhorado cada vez mais em sua qualidade e conteúdo. Pode-se dizer que esse filme está entre uma das melhores obras fílmicas que o Brasil já teve.



Bruno Avena, Gabriel Braga, Ian Francis, Marcos Cal e Vitor Portela

Turma : A

FONTES HISTÓRICAS: NARRADORAS DO PASSADO

De forma geral o filme aborda a saga de um povoado que para provar as autoridades o valor histórico de sua cidade, classificando-a como patrimônio nacional, tem que associar as prováveis origens da cidade, "juntando-as" de modo escrito, para que não seja destruída pelo governo em prol da construção de uma barragem. A noção de escrever ainda é critério social e racional. A herança da força da palavra é forte no filme.

A fonte escrita era a única Histórica (história enquanto matéria de estudo). Antigos povos sem a escrita eram grupos excluídos e poderiam, através da história e da fonte escrita, fazer vir á tona sua existência, seus valores e sua importância. A escrita era muito poderosa. Agora não é mais assim. Hoje, a noção de fonte é muito mais ampla e mais abrangente: fontes são fontes orais, memoriais, escritas, visuais etc. Mas a história pode servir como instrumento para beneficiar grupos dominantes, como acontece no filme. Há um tipo de manipulação no fato de que sem uma história / uma fonte escrita, os moradores de Javé não poderiam comprovar a sua existência. Logo, não tinham justificativas para mostrar que aquele espaço era “deles”, diga-se de passagem. E acontece que o povo é OBRIGADO a se retirar.

No filme, a história das origens contadas de geração em geração são as fontes orais essenciais para constituir a futura fonte escrita que tentará salvar o povoado. A população decide escrever a "grande história do Vale de Javé". António Biá é responsável por juntar, de forma escrita, tudo o que for de importante na história do vale para provar para as autoridades o porquê que Javé tem que permanecer. No filme , assim como na realidade, as fontes orais foram, na maioria das vezes, dialéticas - opostas entre si. Sempre existia mais de uma história, o que dificultou para passar para a veracidade da fonte escrita. Segundo Antônio Biá, “Há histórias muito bem contadas e ouvidas, mas nunca escritas”. Com isso, conclui-se que a escrita é de fundamental importância para a valorização de um povo ou patrimônio.

A história (enquanto matéria de estudo) começou com a memória, mas perdeu espaço para o documento escrito, sendo atribuído com mais veracidade, diga-se de passagem, do que as falas, lembranças que são estáveis e que podiam se tornar ideológicas. No caso do filme, se tornam ideológicas em algumas situações. A questão é que tanto a fonte escrita quanto a fonte oral são importantes, pois a oral constitui a escrita. Não existe sociedade mais avançada pelo fato de ter escrita. Não pode existir esse estereótipo de que as sociedades que não usam a escrita e sim a memória são mais antigas do que as que usam. O povo ele não pode utilizar a escrita por opção e ser desenvolvida. Isso é uma visão etnocêntrica. É o que acontece no filme.

JOÃO VITOR DE JESUS SANTOS    
MARIANA COZZA                             
SULI SILVA                                     
ÉRIKA CARNEIRO      

Turma : A

Resenha crítica de “Narradores de Javé”.

Narradores de Javé um drama brasileiro produzido em 2003 e dirigido por Eliane Caffé retrata a realidade de um vilarejo nordestino ameaçado de ser inundado pela construção de uma barragem. O roteiro do filme se concentra na possível solução que evitaria a destruição do local: transformar Javé em patrimônio histórico. Para justificar tal objetivo a população teria que construir a história do povoado, enfatizando suas origens heróicas. Como não existiam fontes escritas sobre a fundação da vila, recorreram á memória de seus moradores, a oralidade passa a ser o veiculo para a construção da história.
 A questão central apresentada são as versões aparentemente diferentes das narrativas orais. Cada narrador contava sua história a partir de uma perspectiva pessoal, gerando versões com tendências a enfatizar personagens masculinos, femininos ou negros de acordo com a realidade do orador. No primeiro momento, percebe-se uma posição relativista no filme quando trata a verdade como algo marcado pelos interesses dos narradores. No entanto, existem elementos em comum nas oralidades tais como: o líder Indalécio, fundador de javé, a migração de um povo que originou a vila e a causa da mesma referida á invasão dos portugueses em suas antigas terras por conter ouro.
 Sendo assim, a oralidade como fonte histórica necessita fazer dois procedimentos: primeiramente deve utilizar vários depoimentos orais para, em seguida, extrair deles o que existe em comum. Neste caso a memória é apresentada como fonte alternativa de documentação para a construção da história em realidade na qual não exista a escrita. Ao mesmo tempo, o filme coloca a necessidade de transformar a oralidade em escrita através do personagem central Antônio Biá. Nesse sentido, a escrita e a oralidade são dependentes.
 O que se pode observar na relação entre fonte oral e escrita no filme “Narradores de Javé” por um lado é a riqueza de informações contidas na memória, por outro lado essa riqueza pode ser esquecida ou modificada, por isso a necessidade de dar uma base escrita a oralidade. A escrita torna permanente a memória.

- Thiago Moraes
- Felipe Borges
- Lucas Daniel
- Lucas Vital
- Mauricio Malheiros
TURMA : A

Resenha crítica - Filme "Narradores de Javé"

Vivemos numa sociedade, e num mundo, onde somos, numa maioria, criados de forma que consideramos a leitura e o que se lê como prioridade e verdade absoluta. A leitura é de fato um elemento que nos causa uma reação um tanto quanto automatizada, de acreditar veemente no que está escrito, acreditar que um fato realmente procedeu daquela forma, ou que a ciência explica tudo. Mas será que um fato, quando escrito, só tem valor a partir do momento em que os relatos são investigados e selecionados para então serem registrados? Aquilo que é escrito, obrigatoriamente um dia não era escrito, era um conjunto de relatos,  “pistas”, para aqueles que consideram que a história que passa de boca em boca não deve ser levada a sério, ou não pode ser considerada verdade, ainda que tenha uma referência cultural, histórica, ou até sagrada.
Percebemos ao assistir o filme “Narradores de Javé”, da direção de Eliane Caffé, que até nas menores cidades, tão pouco conhecidas pelo mundo, há muita história, ainda que não esteja em livros, e que não tenham “provas” para que todos acreditem que se trata de algo que realmente aconteceu. Mas devemos entender que as mesmas desconfianças e questionamentos que temos (muitas vezes preconceituosos, em relação à fonte oral), devemos ter em relação à fonte escrita, afinal, não se pode concluir que um fato é verídico, apenas pelo fato de ser escrito. No escrito podem haver, sim, distorções e mudanças.
Durante o filme, a relação entre fonte oral e fonte escrita é mostrada no processo de recolhimento dos relatos dos moradores de Javé sobre o povoado, e a exigência de cada um desses narradores de que a sua história seja escrita rigorosamente, mas de acordo com o que cada um considera “verdade”. Mas os relatos foram analisados e transformaram-se em fonte escrita, servindo de patrimônio para o povoado.
Na fonte escrita, não é diferente, já que não podemos ter certeza  se aquilo que se concluiu como produto final e comprovado, é verdade. Ou seja, podemos afirmar que não há uma verdade absoluta, pois vão sempre existir muitos argumentos para diferentes posições, verdades diferentes, sempre havendo alguém que não estará de acordo com o que foi dito, ou escrito, e possivelmente o que é selecionado para ser tratado como o certo, como o verdadeiro, talvez não o seja, provando que também há espaço para que a fonte oral tenha sua veracidade.
A Bíblia é um exemplo da relação entre as fontes oral e escrita, e em como as pessoas podem julgaeesses fatos verdade ou não. Já que as fatos apresentados pela bíblia são relatos e não sabemos até hoje se ocorreram realmente.
         Clara Atticiati Freire
         Clarice Araújo Carvalho
         Stephanie Sales      
         Luana Radiguet Drubi
Luiza Lima Zehnle
Nathália Araújo
TURMA : A

Resenha Crítica – Filme Narradores de Javé

O filme Narradores de Javé apresenta uma história de uma comunidade que tenta não ser retirada de seu lugar, para a construção de uma represa. Essa situação está muito bem apresentada na música Sobradinho, de Sá e Guarabyra, que traz o fato do despejo de populações em função de represas e mudanças positivas para uma maioria, essa música também traz citações sobre o que é deixado para trás, os objetos e o lugar em que viveram os antepassados dos habitantes, fato representado também no filme na cena em que os moradores choram na hora de sair de Javé. 

O filme se desenrola na cidade, onde Antônio Biá vai atrás dos moradores do local para descobrir quais são as histórias que o povo conta sobre o passado do povoado e formular um resumo "científico", o que poderia tornar a cidade um patrimônio histórico. Após a grande divergência entre as histórias, gerada pelo interesse de cada um em ser mais destacado, e a falta de prioridade que Biá dá a este trabalho, o filme chega a um final esperado, o qual Javé não encontra o salvamento e a barragem é construída. Pode-se perceber ao longo do filme que tenta-se transformar as fontes orais em escritas, por causa de um padrão pré-estabelecido onde as fontes escritas são imparciais e provam a veracidade de um relato. 

Já se sabe que isso não está correto, que toda história apresenta uma opinião, o que é mostrado no filme no momento em que se torna praticamente impossível para Biá escrever sem colocar uma pessoa como principal, o que acabaria destacando sua descendente. Atualmente, a fonte apresenta um sentido mais amplo, por causa do desenvolvimento científico e a capacidade de encontrar mais provas, no filme, há um destaque para as fontes escritas e orais, que estão fortemente relacionadas e são mais encontradas, já que os povos antigos passavam suas histórias de geração em geração, a maioria em contos. A imagem mostra uma pintura rupestre, que é um exemplo de fonte escrita, e é um exemplo que retrata a história de povos antigos, sendo mais utilizada do que a fonte oral, e ai está uma diferença, a fonte oral pode se perder com o tempo, ou ser modificada.
Caio Luiz do Prado Seixas
 Daniel Behrens Cardoso
Gabriel Sivla Pedreira
    Marcos Andrez Santos da Silva
   Ricardo Guerra Pauletti

Turma : A

Narradores de Javé

O filme dirigido por Eliane Caffé trata-se da historia de um pequeno povoado fictício (javé), o qual será inundado pela construção de uma represa e para que isso não aconteça os moradores resolvem escrever a historia do povoado, porem neste existe apenas um adulto alfabetizado (Bia) o qual foi expulso da cidadezinha acusado de inventar mentiras e fofocas sobre os moradores, estes trazem Bia a força para a cidade o qual é forçado a escrever a História. Coletando dados narrados pelos moradores, Bia percebe a falta de coincidência dos fatos e se vê em frente a um grande problema.
Enquanto os últimos dias de javé aproximam-se a tensão aumenta, Bia pressionado pelos engenheiros e pelos moradores, aflito por não ter terminado o livro, decide fazer uma festa em comemoração ao suposto livro, mas este não comparece a festa e envia o seu livro para os moradores que festejam mas a alegria dura pouco, ao abrir o livro é dada a triste noticia ,o livro esta em branco. Bia os havia enganado, e indignados com tal façanha decidem matá-lo, porem vêem que não vale a pena. A cidade é inundada, afogando as esperanças de salvação dos moradores.
No filme e representada a falta de respeito com os mais pobres, estes além de serem castigados pelas más condições de vida terão que assistir a destruição do local em que viveram e nasceram, pela ambição dos mais poderosos (governo), o qual deveria dar assistência a este povo, mas ocorre o contrário lhes é retirada a voz e o direito de expressão tornando-lhes escravos de um mundo submisso onde o povo não tem voz nem vez.
Vários textos podem fazer intertextualidade com o filme, destes serão destacados dois: Filme “Garapa” dirigido por José Padilha, neste filme, como no filme Narradores de Javé, é abordado predominantemente o descaso do governo com os mais pobres, estes sofrem com as más condições de vida e alimentam os seus filhos com garapa, bebida mista de água com açúcar, daí surge o título do filme. O documentário “ Incarcânu a Tiortina”dirigido por Tau Tourinho e Gabriel Lopes Pontes, trata-se da história de dois bêbados excluídos da sociedade, pela falta de oportunidades, sendo assim “inúteis”  e “sem valor”. Os textos têm como tema principal a perda de dignidade e dos direitos do ser humano e representam o sofrimento dos mais pobres assim como no filme “Narradores de javé”.
  João Pedro;  Eduardo Bortoli ; Gabriel Neto
  Turma: A

Resenha Crítica do filme Narradores de Javé

Breve Sinopse do filme
O filme Narradores de Javé conta a história de um vilarejo localizado no vale de Javé, que está sendo ameaçado pela construção de uma barragem que irá inundar a cidade. Numa atitude desesperada para salvar o vilarejo, seus habitantes decidem provar que a história de sua terra é importante para que esta seja preservada. Para tal tarefa eles decidem chamar Antônio Biá, a única pessoa em Javé que sabe escrever, apesar dele ter sido banido da comunidade por criar boatos sobre seus integrantes. Por considerar que ninguém dará importância à história de um vilarejo como Javé e pela dificuldade de obter informações coerentes e confiáveis, Biá não consegue elaborar a obra e frustra a todos da comunidade.


Intertextualidade
O filme mostra exatamente como a cultura de pequenas comunidades é ignorada por suas histórias não constarem em registros escritos, muitas vezes sendo transmitidas oralmente e estarem apenas na memória dos seus habitantes, por limitações como o analfabetismo de suas populações. A falta de registro formal dessas histórias fragiliza a estrutura dessas comunidades. Tal circunstância de exclusão pelo analfabetismo é ilustrada pela imagem a seguir, que mostra uma senhora de idade tentando aprender a ler e escrever, por causa das exigências da vida globalizada de hoje ou por seu próprio juízo de valores e aspirações.

O analfabetismo no Brasil 

Essa outra imagem mostra um gráfico das taxas de analfabetismo no Brasil, por região, onde se observa como esses índices evoluíram positivamente nas últimas décadas, apesar do país ainda ter de melhorar muito nessa questão. Pode-se ver ainda a enorme distância entre a realidade da região nordeste em relação ao restante do Brasil.


Por fim, o vídeo anexo (hyperlink para YouTube), diretamente relacionado com a questão do analfabetismo no nordeste, dá uma boa mostra da situação da educação nessa região, através do depoimento de diferentes pessoas.  

Aluno: Pedro Pêpe (40)
Turma: D