segunda-feira, 25 de abril de 2011

Resenha crítica - Narradores de Javé

A obra de Eliane Caffé retrata sobre o povo do Vale de Javé, cujo a existência esta ameaçada por uma construção de uma represa , com isso o vale do Javé seria alagado. Para impedir isso é necessário provar  o seu valor histórico e então colocar os fatos de seu surgimento e de historias com teor cientifico, mas todos os habitantes daquele local sao analfabeto e precisaram recorrem  a Biá. Ele é um ex-carteiro que foi expulso da cidade por inventar historia sobre os habitantes do vilarejo, apenas para salvar seu próprio emprego. Ao longo da historia Biá vai conhecendo a fundo os fatos contados pelos moradores, mas as historias eram tao diferentes que ele tem dificuldade no papel e percebe que nada ira mudar, pois nao importa o que eles facam  vai mudar os futuros acontecimentos.
 Ao longo de seu enredo há uma forte relação entre fonte escrita e fonte oral, a partir do momento  em que Biá está  a procura dos fatos para construir a historia de sua cidade, essa relação vai ficando cada vez mais explicita no filme. Durante a narração  dos fatos a diferença  entre cada  historia é muito grande tanto que Biá fica muito confuso e nao sabe por onde começar a escrever o livro e como as fontes orais sao contadas por pessoas, de alguma maneira essas historias sao modificadas e praticamente nao tem comprovação cientifica. Já as fontes escritas sao fontes que tem mais chances de ter uma certa comprovação cientifica no que está escrito ali. No filme é cobrado dos moradores do Vale essa comprovação cientifica nos fatos históricos e por isso surge a ideia de ser feito o livro com as historias contadas pelo povo, mas o que eles nao estavam percebendo é que precisavam de provas para tornar o que falam é a verdade

INTERTEXTUALIDADE :
Sobradinho
Biquini Cavadão

O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente e põe represa e diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar

O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

Adeus Remanso, Casanova, Sento-Sé
Adeus pilão arcado, vem o rio te engolir
Debaixo d'água, lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai sumir
Vai Ter barragem no salto de sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar =>
Refrão
Remanso, Casanova, Sento-sé, pilão arcado, sobradinho,
adeus, adeus. (3x)


O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente e põe represa e diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão
Vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

Adeus Remanso, Casanova, Sento-Sé
Adeus pilão arcado, vem o rio te engolir
Debaixo d'água, lá se vai a vida inteira

Alice Scheffler 
Juliana Araujo
Larissa Andrade
Natália Torres
Paula Duplat

TURMA : A

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