terça-feira, 26 de abril de 2011

Como medir a verdade?

O filme “Narradores de Javé”, dirigido por Eliane Caffé, trata sobre uma vila que está prestes a ser inundada por uma represa e para que isso não aconteça, é preciso ter sua história escrita em um documento cientifico e assim virar um patrimônio histórico. Porém, nenhum dos moradores sabe escrever e por isso, resolvem chamar Biá, que tinha sido expulso da cidade por criar confusões inventando histórias.
Biá resolve perguntar a vários moradores a história da cidade para unir as versões e construir um livro. O grande problema do filme se dá no momento em que todas as versões da história são ditas de forma pessoal, onde um morador quer se sobrepor ao outro.
No filme, a fonte escrita tem mais valor do que a oral, já que a cidade de Javé deixou de existir por toda a sua história estar apenas na fala dos moradores, com isso, podemos afirmar que infelizmente se uma cidade ou vila não possuir nenhum documento escrito ela não possui historia, logo ela não pode ser considerada um patrimônio de preservação.
Porém, não é possível saber sobre a veracidade das duas fontes, ou seja, elas devem ter a mesma relevância. Se isso acontecesse, provavelmente a cidade de Javé não teria sido inundada. A ideologia e manipulação estão presentes em ambas com a mesma densidade e tem que sempre de ser analisadas com o senso crítico.
Atualmente o Brasil está em uma situação parecida, onde a aldeia de Xingu está prestes a ser inundada para a construção de uma hidroelétrica. O que leva uma pergunta, o que aconteceria se eles tivessem sua história escrita?
Então, tanto a linguagem escrita como a oral tem de ser minuciosamente analisada e refletidas para se chegar a uma conclusão segura. Pois, como acreditar piamente em algo escrito ou dito se foi uma pessoa com suas convicções que o fez?



            Victória Correia
            Vanessa Teixeira
            Matheus Bittencourt
            Rodrigo Bastos
            Rafael Novóa
Turma : B

Nenhum comentário:

Postar um comentário